[...] e desejo sobretudo que você encontre pessoas dignas do seu amor.
Abertura de Atelier e Exposição | Caio Mascarello
Curadoria | Caroline Fernandes​​​​​​​

Exposição individual do artista Caio Mascarello, que fez uma retrospectiva da sua carreira.  A exposição conta com obras já conhecidas pelo público, de diversos momentos da sua vida, como a série Pessoas, o seu contato com a rua como a obra  “Navegue na direção dos seus medos”, e obras mais recentes, que retratam o autoconhecimento e o caminho até o seu mais íntimo.


Texto Convite da Exposição

"Essa poderia ser uma exposição individual. Mas não é. Porque primeiro foi preciso navegar 
em direção aos meus medos.
Essa poderia ser só mais uma exposição individual. Mas não é atoa que o passo seguinte 
tenha sido justamente voltar o olhar para As pessoas. 
Essa poderia ser só mais uma exposição. Mas Jakezine foi um caminho de enfrentamento 
das inseguranças em relação ao meu corpo, a minha sexualidade e ao contato com o outro. 
Essa poderia ser a descoberta de mim mesmo, marcada pelo desejo dos corpos alheiros, 
como As gurias, que ganharam o afeto do público. 
Essa poderia ser a obra mais recente, em meio às profundezas da memória, de onde 
escapam diferentes nuances da violência, e mora minha busca incessante.
Essa poderia ser a hora de me entregar, vulnerável, às pessoas dignas do meu amor.

Essa não poderia ser uma exposição individual."




É o trabalho que marca o início da trajetória artística de Caio Mascarello, ao abrir mão da carreira de designer gráfico para investir em seu processo de criação poética. Desde então, já foram feitas aproximadamente 300 intervenções urbanas com o Navegue, pelas ruas de Porto Alegre e São Paulo.



A série reúne ilustrações feitas em 2013, durante o período de estudos na Central Saint Martins, em Londres. Os desenhos rápidos, feitos a partir da observação de modelos vivos, se traduziram em um conjunto repleto de lirismo, em que os limites entre o retrato e autorretrato são frequentemente desafiados.

Obras disponíveis na Loja Online

Jakezine, 2015

O fanzine homoerótico, é composto por obras em diferentes formatos, como stickers, postais e o mais recente “Cuidado. Masculinidade Frágil” em forma de fita adesiva. Surgiu em 2015 durante uma residência artística em São Paulo.
Através de motivações biográficas e utilizando técnicas de colagem e intervenções nas imagens, o artista cria na forma de fanzine uma coleção de ilustrações, que representam as suas experiências, e a sua própria libertação.
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Obras Disponíveis na Loja Online

Atos, 2015

O momento seguinte ao processo de descoberta do seu próprio corpo foi marcado pelo desejo de corpos alheios. A série Atos, é parte dos trabalhos produzidos em São Paulo e se remetem a um período de separação afetiva. Naquele momento, o artista descobria a monotipia. Os estudos para gravura exploravam a relação entre imagens e suportes, a fotografia não era exatamente um ponto de partida da investigação, mas certamente esteve no meio do caminho.

Obras Disponíveis na Loja Online
As Gurias e Brutus, 2017

A partir de 2015 o artista começa a trabalhar como designer gráfico freelancer, ilustrando estampas, projetos e identidades visuais. Em paralelo, segue colecionando imagens e a prática de desenho com modelo vivo. As gurias surgem a partir de uma dessas sessões de desenho, a obra toma a rua como crítica ao espaço urbano. As gurias questiona, nas paredes e muros da cidade, os limites do prazer, do relaxamento e da nudez na urbe. A retomada do contato com a cidade e o diálogo com o público impulsiona o artista de volta a sua prática nas artes visuais, estabelecendo um novo período de produção. Presente em diversos pontos da cidade de Porto Alegre em formatos de grandes proporções, As Gurias se firmam como uma das suas obras de maior relevância.  

Obras disponíveis na Loja Online
Resíduos, 2017

A série reúne trabalhos mais recentes do artista, produzidos durante o período de estudo no Atelier Livre, e mostra algumas experiências com combinações de técnicas e materiais como spray, acrílica, posca, caneta de solvente, tinta neon, pastel oleoso e aplicação de textura com papel japonês.

A escolha de novos suportes, como papel kraft e MDF, resíduos e refugos de produção, reflete esse aspecto mais doído, mais sujo, e mais real de sua intimidade, tema dos trabalhos mais recentes, nos quais expõe cenas de medo e violências recorrentes de sua formação como homem homossexual. 

Para adquirir os originais, entre em contato aqui.
Neon, 2018

O conjunto faz parte dos estudos realizados no Atelier Livre em 2018 e destaca o neon, autorretrato e a palavra como materiais de pesquisa. Aqui, memórias efetivas vão sendo esboçadas entre imagens e textos, e retomam interrogações que acompanharam a obra do artista desde os primeiros passos: sobre os limites entre o retrato e autorretrato, o outro e o eu, o caminho e os encontros com as pessoas e o amor.

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